A criação da Galeria de Arte Virtual-21 surge e como um espaço de exposição e de mediação cultural, promovendo conhecimento e reflexão articulados sobre o fazer arte e cultura. Brotando do contexto da educação formal e profissionalizante da rede federal, em especial, do Instituto Federal do Amapá-IFAP, como reinvenção pedagógica, encorajando a materialidade de ideias e motivando a produção de poéticas visuais locais. Nesse sentido, dar visibilidade em condições adequadas ao que se produz internamente é estimular a prática artística da sociedade amapaense, aproximando público e arte, e abrindo uma perspectiva empreendedora e profissionalizada de exposição. Um espaço cultural com sede na capital Macapá-AP e uma janela aberta aos olhos do mundo.

Este projeto é fruto das práticas sociais do mundo on-line cada vez em expansão com a pandemia do Covid-19. A elaboração da Galeria de Arte Virtual-21 é oportuna diante das circunstância de isolamento social, configurando uma ferramenta estratégica de compartilhamento e interação social, como meio de alcançar a sociedade que participa cada vez mais dos ambiente digitais e de plataformas web. Conforme a escassez de espaços expositivos no estado do Amapá, a Galeria de Arte Virtual 21 apresenta-se como importante alternativa de promoção artística e de produção de conhecimento em arte e cultura, valorizando produções autorais a partir do local/regional amazônico. A GAV-21 tem inspirações didático-pedagógicas de habilidades e competências criativas, crítico-reflexivas e operacionais no armazenamento digital e apresentação dos trabalhos artísticos, assim como, tem aspirações empreendedoras de comunicação estético-artística. O numeral “21” no final do título da galeria remete às expectativas que o mundo vislumbrava ao romper a fronteira do século 21, imaginava-se entre os mais otimistas um mundo “evoluído” e repleto de tecnologias como soluções aos inúmeros problemas enfrentados no planeta. O número “21” é um trocadilho tanto ao século XXI como ao ano 2021 ainda afetado com assombro pelos impactos da pandemia do Covid-19. Um trocadilho conceitual entre a “expectativa do futuro promissor” e o hiato temporal do “para aonde ir” configuram um convite à reflexão profunda de nosso tempo.